"- E que somos nós? - exclamou Ega. - Que temos nós sido desde o colégio, desde o exame de latim? Românticos: isto é, indivíduos inferiores que se governam na vida pelo sentimento, e não pela razão..."
Os Maias

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Jerónimo & Cro-magnon

"Um dia acordo relaxado depois de uma noite de muito ambiente e estilo."
Foi este fim de semana. Depois de um concerto, sábado à noite, no parque fluvial.

Os melhores momentos da vida são os inesperados, mas mais, os melhores momentos são não só inesperados, a priori, como conseguem ser surpreendentes, a posteriori.
Foi inesperado porque apenas ouvimos falar de uma sardinhada, sem sequer termos lido os cartazes espalhados pela aldeia, mas como cá em casa, vamos a todas!, marcámos logo a nossa reserva, e fomos brindados com música ao vivo. Foi surpreendente porque se tratava nem mais nem menos do que o Bob Dylan português, ou mais concretamente, do Fundão e da Beira Interior, vá! Que o sotaque do Jerónimo não engana!!!

Têm várias musicas originais desde 1990, na altura das cassetes com lado A e lado B, reconhecidas por todos, pelo menos uns versos (A Tasca da Estação e Auto-Route de Burgos), outras bem divertidas  com motes de coisinhas de nada (Balada do Trolha, Apanhar o grelo e Dias de Chuva com granito, calibre nr.3 e nr.5), ao jeito da música mais tradicional portuguesa...
Para além disso, tocam bem, ao vivo!, melodias americanas que marcam. Como eles dizem, mais que uma banda, é uma maneira de estar. Com tendências de um folk-rock muito característico das décadas de finais de sessenta, bem ao estilo da música das montanhas, setaneja americana, Country, bem entendido!
Prometeram voltar a Janeiro ainda este Verão. Estarei atenta.

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