Por vezes existem frases ditas no meio de uma conversa banal que, de tão óbvias, nos fazem pensar. Há como que leis escondidas a reger a nossa vida mas que nós ignoramos. De propósito. Fazemos de conta que não estão lá. Fazemos de conta que nada muda, nada acontece, e que dominamos a nossa vida, mesmo não fazendo nada para lhe mudar o rumo. Esse é o nosso primeiro erro. Pensar que a vida é uma fatalidade. Não o é. O amor também não é uma fatalidade e a tolerância muito menos. Pelo contrário, é tudo um jogo, um encadeado de consequências. És tu que escolhes! (Claro, a parte da vida mais parecida com um jogo é que há sempre uma parte que é aleatória, mas no essencial, se saltas na altura certa, apanhas o cogumelo!)
Assim que acaba o amor entre duas pessoas, deixa de haver tolerância, a vida torna-se aborrecida e a paciência para tudo o que diz respeito ao outro é um autêntico sacrifício. A presença do outro é indiferente e perdemos toda a simpatia e doçura que existiu. Mas se isto é verdade, não é possível amar alguém que não seja tolerante, ou que deixe de um momento para o outro, de o ser. Evidente: É a intolerância que gera intolerância. Que incapacita as pessoas para o diálogo, e a falta de comunicação cria insegurança, distância, insegurança. Mesmo quando se ama.
Pode parecer redundante, mas não há aqui qualquer semelhança com o título desta mensagem. Eu quero dominar a minha vida e por isso hei-de ser mais tolerante.
Sei, desde pequenina, que com vinagre não se apanham moscas, mas antes com mel, doçura e compaciência - (palavra inventada agora que apenas quer dizer que não se pode ser paciente sozinho, assim como nunca ninguém que se diz teimoso é teimoso sozinho, a não ser que seja maluquinho e isso tem outro nome) - dizia eu: Só se combate a intolerância com muito Amor. Amo-te!
Uma Feliz Páscoa. Aleluia. Aleluia.
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