"- E que somos nós? - exclamou Ega. - Que temos nós sido desde o colégio, desde o exame de latim? Românticos: isto é, indivíduos inferiores que se governam na vida pelo sentimento, e não pela razão..."
Os Maias

domingo, 18 de setembro de 2011

Setembro, love it.


Fez este mês um ano que mudei de cidade... e simultaneamente, de vida. Faz um ano que comecei a trabalhar, um ano que deixei de escrever frequentemente no blogue. Faz um mês que me comprometi com um amigo a escrever dia-sim-dia-não, o que não aconteceu até aqui. Há tanta coisa que quero fazer, tanta gente a quem quero dar atenção, mas para as quais, não tenho conseguido arranjar tempo. E isto numa cidade onde acordo meia hora antes da hora a que quero estar no escritório, e onde demoro 5 minutos a chegar ao trabalho. A verdade é que continuo a dizer que tenho que mudar alguma coisa no preenchimento do meu dia-a-dia. Quero dar jantares em minha casa, visitar a minha família e os meus amigos.
Apercebo-me todos os dias que os meus serões são, efectivamente, a parte mais importante do dia, e como tal, é aos meus serões que eu tenho que fornecer qualidade de vida. Porque o resto do dia, é tempo passado a trabalhar, e é de trabalho que falamos, aqui ou na China! E dou cada vez mais valor ao tempo de preparação do jantar - continuo a alimentar o sonho de o poder fazer com tempo, e desejo poder confeccioná-lo antes das 20H, mas parece que isso só é possível trabalhando na função pública. Dou cada vez mais valor ao jantar e ao serão passado no lar. Com o computador desligado. Mas quero mais, quero mudar! Não é desporto, não é físico sequer. Antes do Verão, achei que o princípio dessa mudança podia passar pela compra de uma planta lá para casa, que me fizesse companhia, que me desse alguma responsabilização pela mesma, mas que não desse demasiado trabalho, claro, que não me quero tornar dependente, e se não tenho animais, é para evitar isso mesmo! Por isso, comprei uma Kalanchoe, que comprei sem saber sequer como se chamava. Na verdade, só no dia seguinte é que liguei para a florista para perguntar afinal que planta tinha comprado. Uma Kalanchoe ou também chamada flor-da-fortuna, uma planta com flores pequeninas. Flores que escolhi cor-de-rosa, mas que fiquei apaixonada pelo vermelho e pelo azul-bébé. Como é da familia dos cactos, e as folhas armazenam água, precisa de muito pouca água, e apenas uma vez por semana. O ideal. No fundo, um primeiro passo para vir a adquirir um bonsai e mudar - aí sim - de vida! O problema é que ainda não reconheço os sinais da minha pequena flor. Neste momento, não consigo perceber se ela tem sede, ou se as suas folhas estão a apodrecer com excesso de água. Haverá cursos para o efeito?... Entretanto, as flores caíram, uma vez que só dão o ar da sua graça duas vezes por ano. E bom, continuo a achar que uma flor de estufa em casa, é um bom princípio de qualquer coisa.
De resto, este fim-de-semana foi de vindimas, e se há coisa que eu gosto, é de vindimas! Também foi fim-de-semana de Chocalhos, em Alpedrinha, com as amigas... Qual Bairro Alto! E como a partir de agora, decidi que vou fazer muitas coisas que gosto, é possível que venha a escrever por aqui mais vezes. Não se sabe!
É geral: em Setembro, as coisas mudam... A ver vamos.

2 comentários:

Anónimo disse...

eu é que já não estava pelos ajustes com a falta de posts vadios e delirantes.

"Se bem me lembro
é fim de de Setembro,
e deve andar
magia no ar!"

bj

AGomes disse...

Não sei quem és, anónimo. Mas gostei do comentário, e agora fiquei com essa música na cabeça. Setembro é o melhor mês do ano. A seguir a Maio...