"- E que somos nós? - exclamou Ega. - Que temos nós sido desde o colégio, desde o exame de latim? Românticos: isto é, indivíduos inferiores que se governam na vida pelo sentimento, e não pela razão..."
Os Maias

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Coffe time

Logo pela manhã, at coffe time, começo a ler o artigo do Pedro Lomba no Público sobre direitos da pessoa humana, direito à vida privada e as ameaças das novas tecnologias. Blá-blá-blá. Eis que chego a meio da notícia e não tive qualquer interesse em continuar a leitura. Coisas de estado de espírito e outras preocupações do momento. Momentos mais tarde, deparo-me com um papelinho na carteira com uma oferta, que indicava o meu número de telefone como minha identificação. Isto porque no dia anterior fui à telepizza, tendo feito previamente, por telefone, a minha encomenda (duas daquelas pizzas enormes com massa extra fina, gordurosas, sucolentas e gostosas). Mais tarde, na factura de compra, noto que com aquele simples telefonema impessoal, fizeram constar da factura o meu nome e a minha morada completa, para além, claro, do meu número de telefone. Isto porque aqui há uns meses pedi para me trazerem as pizzas a casa. Percebo o intuito de criar intimidade com os clientes, mas eu não gosto! Parece que a vida agora é assim, temos os nossos dados distribuidos com as pessoas com quem contactamos. Entretanto, não voltei a pegar no artigo que comecei a ler.

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