"- E que somos nós? - exclamou Ega. - Que temos nós sido desde o colégio, desde o exame de latim? Românticos: isto é, indivíduos inferiores que se governam na vida pelo sentimento, e não pela razão..."
Os Maias

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Dignidade


Ele há gente capaz de estar sempre no seu melhor, e gente que consegue ficar sempre bem na fotografia, e gente que consegue rodopiar sem tropeçar, gente que impressiona todos os que neles descansam o olhar, sem que isso canse. Ele há gente que consegue despertar inveja no modo de vida que aparenta levar, por tudo o que conseguem fazer, e por tudo aquilo que têm, e por tudo aquilo que os ornamenta.
No Verão, altura em que, vá se lá saber porquê, todos estes sintomas se intensificam, as pessoas parecem ter os interesses completamente ofuscados pela futilidade e pela sensação do curto prazo, do agora, do consumo, do belo, do melhor-que-o-do-vizinho, da hipocrisia. Só que na maior parte dos casos essa não há ali, afinal, uma prespectiva consolidada de tudo o que faz. Faz-se assim... Ao Deus dará. E acredito piamente que ao deitar, reine no coração dessa gente um vazio de ideias. Porque o coração, sim, deve ter ideias. Deve saber o que faz. Deve, pelo menos, dar sentido àquilo que faz. Quando assim não acontece, não há uma explicação digna para os actos que tomamos. Nada de confusões!!! Seguir os instintos mais primários não é seguir o coração. DIGNIFIQUE-SE.

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