"- E que somos nós? - exclamou Ega. - Que temos nós sido desde o colégio, desde o exame de latim? Românticos: isto é, indivíduos inferiores que se governam na vida pelo sentimento, e não pela razão..."
Os Maias

quinta-feira, 11 de junho de 2009

De mãos dadas

Desde cedo, aprendi a fazer planos. Nunca fui de pensar apenas no Hoje e de fazer do imediato o meu modo de vida. Por isso, nunca foram fáceis as minhas escolhas. Mas, definitivamente, não gosto de tomar grandes decisões de futuro. E quando toda a gente espera uma decisão da minha parte, daquelas que só eu sei o suficiente (ou não) para tomar o rumo certo, demoro sempre tempo de mais a tomar qualquer decisão, quase a ponto de pôr em causa a minha própria possibilidade de escolha. E quando esperam de mim uma resposta, fico com medo. Preciso de alguém que me dê a mão, e que me puxe/empurre para onde eu decidir ir. Mesmo que a dúvida seja tão insignificante, mesmo que tenha efeitos limitados ao dia seguinte, às próximas horas. Na verdade, não foram muitos os momentos em que fiz alguma coisa sem pensar mais do que... tempo demais! Mas sempre fui feliz nas minhas escolhas. Profissionais. E pessoais.
Às vezes foi a própria vida que me fez não seguir determinados caminhos. Na altura nunca compreendi. Nada há como a distância que traga de volta a lucidez aos meus passos. Quando penso no meu percurso enquanto pessoinha, penso no nosso percurso. Sei que ainda não é longo, mas sinto que mesmo que me demore a decidir, há coisas que já não têm retorno! Há sonhos que têm que ser cumpridos. Há segredos que já deixaram de o ser, por natureza. Há promessas feitas e... irrevogáveis unilateralmente (sou daquelas pessoas que considera que se para iniciar uma relação são precisos dois consentimentos, para terminar também! Ora porque não?!).
É que quando eu me decido, já não penso em voltar para trás. Tem sido assim, com o teu empurrãozinho. E é por isso que vou andar de mãos dadas contigo para o resto da vida...

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